GOVERNO SAI PELA TANGENTE NAS EXPLICAÇÕES AO JUIZ FEDERAL WALDEMAR CLÁUDIO DE CARVALHO

O governo federal tentou explicar ao juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho sobre as fraudes do Inss. O governo detalhou medidas tomadas para evitar fraudes futuras, mas não respondeu ao juiz.

Mais uma vez, o governo tem evitado dialogar sobre o assunto, pois, sendo ele o maior responsável pela fraude, instruiu seus pupilos a propagar os objetivos futuros e, além de tudo, responsabilizar seu antecessor, afirmando que tudo começou em 2018, outro fato a ser desvendado numa eventual MI.

Na "Operação Sem Desconto", a Controladoria-Geral da União (CGU), foi clara ao afirmar que o INSS possui mecanismos eficazes de fiscalização (conforme seu relatório), para apontar falhas gritantes e controles sobre os descontos de mensalidades associativas em aposentadorias e pensões.

O relatório analisou 952 beneficiários com descontos vinculados e confirmou que 71,1% deles não estavam de acordo para autorizar débitos em folha.

A CONAFER, uma das principais investigadas na Operação, multiplicou o número de associados durante a pandemia. Em meio a emergências sanitárias entre abril e julho de 2020, 73.108 beneficiários previdenciários tiveram desconto, além de serem detectados 610 novos associados por dia.

Entre 2019 e 2024, a CONAFER ou de R$ 400 mil ano para R$ 57 milhões em 2020 e R$ 202 milhões em 2023. Tudo isso debaixo do nariz da presidência da república que, informada sobre a fraude milionária, nada fez. Os dados foram informados pela CGU.

No caso de uma I, o mais gritante é que o PDT, partido do ex-ministro da Previdência, reivindica a relatoria e o presidente da Câmara, Hugo Motta, se nega a instalar. Esse é o Brasil da impunidade. (João Bosco)